27 de outubro de 2010

“Não é fácil ser cronópio. Sei disso por razões profundas, por ter tentado sê-lo ao longo da vida; conheço os fracassos, as desistências e as traições. Ser fama ou esperança é simples, basta deixar-se levar e a vida faz o resto. Ser cronópio é contrapelo, contraluz, contrarromance, contradança, contratudo, contrabaixo, contrafagote, contra e recontra cada dia contra cada coisa que os outros aceitam e que tem força de lei. (...) Cronópios de todos os países, uni-vos! Contra os burros, os dogmáticos, os sinistros, os marrons, os agachados, os implacáveis, os micróbios. Cronópios! À frente, marchem!”

Um cronópio no México, de Júlio Cortázar. – Papéis Inesperados




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