24 de março de 2011

Desenterrar seu próprio país


Gente das cercanias, moradores dos subúrbios da história, nós, latino-americanos, somos os comensais não convidados que se enfileiraram à porta dos fundos do Ocidente, os intrusos que chegam à função da modernidade quando as luzes já estão quase apagando – chegamos atrasados em todos os lugares, nascemos quando já era tarde na história, também não temos um passado ou, se o temos, cuspimos sobre os seus restos.
Octávio Paz, O labirinto da solidão e post scriptum.





Le pont de l`Europe, 1876 - Gustave Caillebotte



Mário de Andrade insistia: “é preciso cortar o cordão umbilical que os liga à França. Em vez de irem pavonear tolamente em Paris, os escritores devem pegar suas trouxas e desenterrar seu próprio país”.


Colado
daqui

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