8 de maio de 2011



Vivo me lembrando de como a mãe me orientou contra os caminhos do mal. De como a senhora cortava as fotos de mulheres de maiô que O cruzeiro publicava, de maneira que meus olhos não vissem pro coração não sentir. Deu certo. Quer dizer, quase. Cortadas as cabeças, bustos e pernas, eu acabei me fixando no que sobrava e hoje posso ser considerado o maior tarado em pés desta ilha de paz. Só de ver uma sandália eu entro em pecado venial. (...)

[Elizabeth Orsini - Cartas do Coração – Uma Antologia do amor] 

Mãe,


Esse poema não tem nada haver [sic] com o dia das mães porque o dia das mães não tem nada haver. Com amor, Cazuza.



Bem que teus olhos podiam me dizer coisas mais bonitas
Do que a putaria implícita a cada piscada sacana
A cada gesto repetido, meu amor
Você bem que podia dizer coisas menos vulgares
E me chamar pra tomar sorvete, essas babaquices
Que uma mulher carente como eu precisa
Pra identificar qualquer coisa parecida com amor

Eu quero uma dúzia de rosas
Porque meu coração é feito flor que não nasceu direito
Arrancada do galho por alguma mão distraída
Dessas que passam pela rua catucando tudo...

[Elizabeth Orsini - Cartas do Coração – Uma Antologia do amor] 

10 de abril de 2011

O persona

Já mencionei, em algum dos meus outros blogs falecidos, que em 1935, Cecília Meireles marcou um encontro com Fernando Pessoa às 12h no café “A brasileira”, do bairro Chiado, em Lisboa. Esperou cerca de duas horas e, bolo consumado, voltou para o hotel. Chegando lá recebeu um exemplar autografado do livro “Mensagem”* e a seguinte justificativa de Pessoa: ele tinha lido o horóscopo pela manhã e concluiu que os dois não deveriam se encontrar.

Li essa história em alguma matéria de algum suplemento da Folha de São Paulo ou O Estadão... Eu fiquei me perguntando, sendo Cecília poeta tão admirada, (lembro Manoel Bandeira - “Cecília, és tão forte e tão frágil. Como a onda ao termo da luta. Mas a onda é água que afoga: Tu, não, és enxuta”) - por que Pessoa declinou? Jamais saberemos. Mas, o comportamento excêntrico me fez colecionar algumas curiosidades sua e dar-lhe um green card para nossa Paris Imaginária.



1. Pessoa quer dizer persona, máscara de atores romanos. “Máscara, personagem de ficção, nenhum: Pessoa”;
2. Há quatro dele: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Fernando Pessoa. Il est un autre!
3. Trocou uma tipografia pela faculdade de letras, inapetência genuína para a academia e também para os negócios (ele vai à falência);
4. Vive toda sua vida em domicílios incertos, ora com a mãe, ora com uma tia solteirona, ora com uma avó louca e etc.;
5. É um bebedor solitário, em tabernas e hospedarias;
6. Em 1916 projeta estabelecer-se como astrólogo, mas se vê envolvido numa trama urdida pela polícia contra o mago e satanista inglês E. A. Crowley-Aleister (de passagem por Lisboa em busca de adeptos para sua ordem místico-erótica);
7. Não se conhecem seus amores. “Casto, todas as suas paixões são imaginárias; melhor dizendo, seu grande vício é a imaginação”;
8. É um cosmopolita que prega o nacionalismo;
9. Investigador solene de coisas fúteis;
10. Humorista que nunca sorri;
11. Inventor de outros poetas e destruidor de si mesmo;
12. Para quem fingir é conhecer-se;
13. Misterioso que não cultiva o mistério;
14. Fantasma do meio-dia português;
15. “Pierre Hourcade, que o conheceu no fim de sua vida, escreve: “Nunca, ao despedir-me, atrevi-me a voltar o rosto; tinha medo de vê-lo desvanecer-se, dissolvido no ar”;
16. Deixou tantas coisas escritas que, 72 anos após sua morte, ainda não foi todo publicado.
17. Faz literatura de subúrbio;
18. Como todos os abúlicos apaixonados e imaginativos, pra não enlouquecer, todos os dias escreve alguma coisa;
19. Leitor de Milton, Shelley, Keats, Poe, Baudelaire e vários subpoetas portugueses;
20. Teve Almada Negreiros e Mario de Sá Carneiro como companheiros na aventura futurista;
* Sua última experiência literária.
** “O desconhecido de si mesmo – Fernando pessoa”; PAZ, Octavio. Signos em rotação. São Paulo: Perspectiva, 2003.

24 de março de 2011

Desenterrar seu próprio país


Gente das cercanias, moradores dos subúrbios da história, nós, latino-americanos, somos os comensais não convidados que se enfileiraram à porta dos fundos do Ocidente, os intrusos que chegam à função da modernidade quando as luzes já estão quase apagando – chegamos atrasados em todos os lugares, nascemos quando já era tarde na história, também não temos um passado ou, se o temos, cuspimos sobre os seus restos.
Octávio Paz, O labirinto da solidão e post scriptum.





Le pont de l`Europe, 1876 - Gustave Caillebotte



Mário de Andrade insistia: “é preciso cortar o cordão umbilical que os liga à França. Em vez de irem pavonear tolamente em Paris, os escritores devem pegar suas trouxas e desenterrar seu próprio país”.


Colado
daqui

21 de março de 2011

“(...) Velho vai aí no sentido de ancianidade perene e não no particular desgaste. A gente nasce velho, dizia-me em Paris o grande poeta e romancista Jules Suppervielle. E depois, todo trabalho útil consiste no renovamento, na remoção do entulho de ancestralidade que cobre as adolescências suicidas, os mórbidos 18 anos de cada um ou a crosta que caracteriza os 25, os 30 e os 40 – essa crosta feita de recalques e preconceitos, da qual somente almas livres conseguem desembaraçar (...)”


Carta a um Torcida, Oswald de Andrade – Ponta de Lança.

17 de março de 2011

Trecho da carta de Maga a Rocamadour

“É assim Rocamadour: Em Paris, somos como cogumelos, crescemos nos corrimões das escadas, em quartos escuros onde cheira a gordura, onde a gente faz amor o tempo todo e, depois, frita ovos e põe discos de Vivaldi, acende cigarros e fala como Horacio e Gregorovius e Wong e eu, Rocamadour, e como Perico e Ronald e Babs, todos nós fazemos amor e fritamos ovos e fumamos, ah!, nem podes imaginar tudo o que fumamos, o tanto que fazemos amor, parados, deitados, de joelhos, com as mãos, com as bocas, chorando ou cantando...”

Capítulo 132

Rocamadour é uma comuna francesa na região administrativa de Midi-Pyrénées, no departamento de Lot, sudoeste da França. Fica na antiga província de Quercy. Significa: "roc amator, amante das rochas". É um ponto turístico e de peregrinação pois, segundo a tradição, lá viveu o eremita Zaqueu de Jericó, morto por volta de 70 d.C., que amava as rochas, tendo cavado um eremitério numa delas. Ele teria trazido para Rocamadour a estátua da Virgem Negra, que no entanto é datada do séc. IX. Depois que foram reportados muitos milagres atribuídos ao túmulo de Zaqueu e ao santuário da Virgem, peregrinos famosos estiveram em Rocamadour. Lá também é feito um queijo de cabra que leva o nome da cidade.



7 de março de 2011

Capítulo 121



Com tinta vermelha e manifesta complacência, Morelli copiara num caderno o final de um poema de Ferlinghetti:

Yet I have slept with beauty
in my own weird way
and I had made a hungry scene or two
with beauty in my bed
and so spilled out another poem or two
and so spilled out another poem or two

upon the Bosch-like world.


Lawrence Ferlinghetti (1919) é um poeta, editor e pintor da Geração Beat, mais conhecido pela sua obra poética e por ter sido o responsável pela divulgação em livro de todos os maiores expoentes daquele movimento e suas maiores obras.

mais poemas aqui




Baby when you ain't there

25 de fevereiro de 2011


“(...) o que o incomoda é a legalidade em todas as suas formas. Você se sente encarcerado quando qualquer coisa começa a funcionar bem. Mas todos nós somos um pouco assim, uma turma daquilo a que chama fracassos, por não termos uma carreira definida, títulos e o resto. É por isso que estamos em Paris, irmão, e o seu famoso absurdo, ao fim e ao cabo, fica reduzido a uma espécie de vago ideal anarquista que você jamais conseguirá concretizar”.

Capítulo 28

17 de fevereiro de 2011

Já era quase noite e Pola parecia uma figura de Bonnard, estendida sobre a cama, que a última luz da janela envolvia num verde amarelento...

Capítulo 64


15 de fevereiro de 2011

Paris é gratis -

- citou a Maga. - Você disse isso no dia em que nos conhecemos. Ir ver a clochard é grátis, fazer amor é grátis, dizer que você é ruim também é grátis, não amar você... Por que você dormiu com Pola?

Caterva (fragmento)

De improviso surcaron la mesa varios cascarudos. Tincazos entre los platos de entremeses. Hediendez entre los dedos alejados.
Nuevos sorbos. La presencia de otros cascarudos endureció su ceno. No se reparpilaban ya pinchando aceitunas y pinchando con sus pullas a "Katanga".
–Más cascarudos todavía. ¡Qué peste de bichos!
–Es el tiempo. Está por descomponerse.
Contemplaron el cielo. Mientras lo hacían, una falange de cascarudos accionó impunemente entre los platos de berberechos, manises y ensalada rusa. Manotones irascibles. Imprecaciones.
–¡Vaya una plaga!
–¡Qué fatalidad: siempre abunda lo que revienta!
Hacía un calor raro. El asfalto guardaba la insolación del día. La tormenta inminente soltaba su red de sombras. Calor húmedo, impregnante. Calor de colores nocturnos, con todo el color de los calores meridianos.
Los cascarudos invadieron todo. La concurrencia desarticuló su compostura en ademanes y contorsiones violentas. Restallaba el fastidio por doquiera. Intervino el propietario del bar. Movilizó los lavacopas. Escobazos y pisotones. El asedio cesó en parte. Pero, a poco, el instinto estratega de los cascarudos volvió sobre sus pasos. Y, aun diezmados, incursionaron parajes en donde no es posible la vigilancia ajena...
Sólo "Katanga" permaneció tranquilo. Observándoles. Espantándolos serenamente. Exhibía un humour extraordinario. Como si la molestia de los demás promoviese en él una secreta complacencia. "Longines" iba a recriminarle, cuando advirtió que él lo disuadía reclamándole calma con la mano abierta. Tosió ficticiamente. Y, cierto de que le escuchaban tres damas jóvenes de hermosa estampa, sentadas a la derecha, manifestó:
–Vamos... No renieguen... ¿Qué ganan con renegar? ¡Fíjense! Los cascarudos, como tantos bichos humanos, se dedican al sport. Tienen una manía alpinista que desconcierta por su pertinacia. En todos los animales lo asiduo de la muerte y la frecuencia del peligro, genera un instinto de defensa. En los cascarudos, no. De tal modo, el tincazo rápido y enérgico que los desmorona de la solapa, como si fuese la acróptera de un frontispicio, no ha curtido todavía las fuerzas obscuras de su subconciencia... Tal vez sea exagerado hablar de subconciencia. Pero pensando en imágenes, ¿qué diferencia hay entre un cascarudo y un caradura que maneja un Ford modelo mil novecientos treinta? Ninguna, absolutamente. Los dos, con todo desenfado, se exponen a morir por el fastidio que ocasionan con su escape libre... ¡Porque hay que embromarse con el escape libre de los cascarudos!
(Compulsó el efecto y, alentado por sus tres sonrisas, continuó):
–Fabre, el formidable poeta de los insectos– en cuyo homenaje póstumo los gallos de Rostand pusieron sordina a su estridor alegre –no ha explicado el quid de la manía ambulatoria y ascensional de los cascarudos. Todos sus recuerdos entomológicos, plenos de dulce bondad panteísta, tocan por otros motivos la huraña comprensión de los hombres. Por eso yo, en esta rambla de café entre tufos de nafta y esencia de "juanitas", voy a afrontar la investigación de referencia. Dudo, sin embargo, del éxito. Recuerdo el caso de aquellos sabios alemanes que escribieron en tipo seis, cinco volúmenes titulados: "De porqué los gatos no viven en las marmolenas". Y temo, también, una conclusión apodíctica como la que consiguieron, al afirmar que "los gatos huyen de las marmolerías porque creen que los fragmentos que saltan al golpe del cincel, al devastarse el mármol, les son arrojados intencionalmente...
("Longines” y "Aparicio" pescaron la onda... Las damas reían)...
–Bien. Los cascarudos poseen todo un prurito de curiosidad. No se avienen, como tantos usureros, a vivir en el hueco donde apenas caben con su mezquindad. Emergen de lugares recónditos, con la idea fija de atalayar la vida en torno, para juzgar si vale la pena de convertirse en hombre en la próxima metempsicosis. Parten, no obstante, de una premisa falsa. Creen que la humanidad es lo más alto que hay. Por eso, ni bien uno se sienta, escalan la rampa de las pantorrillas, hacen un leve descanso en la meseta de los muslos y se encaraman, audaces, por el recto parapeto de la espalda. Han llegado, por fin, a la cumbre de los hombros. Allí se solazan con la perspectiva. Agitan sus élitros de charol como la capota de una limousine. Y se disponen a la ventura máxima: saber si el hombre o la mujer usan perfumes superiores al suyo...
(Las damas bisbiseaban, mirándole de rabillo).
–Los cascarudos son cautos y exploran la solapa y los escotes. Habría que indagar profundamente que atracción poseen los repliegues de solapas y escotes en la vida de los cascarudos. Es en ese lugar donde acontece el noventa por ciento de los tincazos trágicos que da la amistad vecina. Pero esa cautela es infructuosa. Por más que uno esté gesticulando contra un whisky infame o contra un cocktail maligno, las patitas, al cruzar la piel del cuello provocan una sensación súbita que se crispa en ¡ay! y en sobresaltos nerviosos. Y uno bracea entonces como si se ahogara en miasmas...
("Viejo Amor" radió de gusto al cerciorarse. Un codazo lo aplacó).
–Es evidente que obramos mal. Si cada cual tuviera la bondad exquisita que revelan las fioretti de San Francisco, "el hermano Cascarudo" satisfaría ampliamente su curiosidad, juzgando el agua colonia o la loción que nos perfuma. Pero no: nuestra excitación los enfada. Y para humillar nuestra artificiosa poquedad, mientras la mano pugna por hacerles caer, vierten en ella el juicio definitivo de su emanación mefítica...
(Las tres damas se erizaron con donaire y coquetería) .
–Los pobres cascarudos han dado de bruces en el asfalto o el mosaico. El escozor de su recuerdo inspira al pie para aplastarlos. A veces... Quedamos frecuentemente con el pie verdugo en el aire... Los cascarudos conocen la filosofía de las rendijas. Y se zambullen en ellas, sacando en la parte trasera de sus alas una especie de capita blanca, como un cartel de desafío que dijese: "Hasta luego"... Efectivamente. Momentos después dejarán, en el helado que se disuelve con bonachonería o en los cachetes reventados de las masas de crema, la tarjeta fragante de su visita... Al rato se internarán bajo el pantalón o la pollera, a pellizcar la liga y poner su rúbrica maloliente... Y, en fin, con su pertinaz alpinismo, volverán a ostentar su silueta en el contraste del cuello, para escarnecer la violencia del manotón con su trascendente fetidez. . .
"Katanga" bajó los párpados, seguro del triunfo, como solía hacerlo desde el proscenio, después de un truco genial. Los aplausos remotos se concretaron aquí en el discreto cuchicheo de las tres damas hermosas. Había "actuado" deliberadamente para ellas, deduciendo por la innata distinción, la calidad de sus espíritus. No se equivocó. Gratas al homenaje, hicieron perceptible el comentario a "la gracia cuidada, bien hecha, llena de cosas simpáticas, de su discurso".
El término le crispó.
Con fino desparpajo, giró, entonces, el busto a la derecha:
–Discurso... ¡Dios me libre! Odio cordialísimamente a los oradores. Son una peste peor que los cascarudos. Con razón un amigo colombiano decía: "Un libro, un folleto o un discurso impreso se puede tirar por la ventana, se puede regalar a un enemigo personal, se puede esconder debajo de la mesa. Con un orador no se puede hacer lo mismo, sin encontrar serias dificultades"...
Tres juegos espléndidos de dientes aparecieron al conjuro de otras tantas sonrisas.





Juan Filloy, citado no capítulo 108 (aquele em que Oliveira e Maga observam romanticamente um encontro de um casal de clochards) de O jogo da Amarelinha e em La vuelta al día en ochenta mundos foi um importante fonte de inspiração para Julio Cortázar e outros escritores. Sua obra se caracteriza principalmente por uma crítica dos costumes com humor, paródia e ironia. Viveu 105 anos e possui uma obra vasta. Entre as curiosidades de sua obra literária destaca-se os 8000 palíndromos. Outra curiosidade é que todos os títulos de suas obras têm sete letras, e todos começam com todas as letras do alfabeto.

13 de fevereiro de 2011

Kisses Sweeter than Wine



Acabo de escutar essa primeira música com Marlene Dietrich... Letra de Paul Campbell e música de Huddie Ledbetter)

Well, when I was a young man never been kissed
I got to thinkin' it over how much I had missed
So I got me a girl and I kissed her and then, and then
Oh, lordy, well I kissed 'er again

Because she had kisses sweeter than wine
She had, mmm, mmm, kisses sweeter than wine
(Sweeter than wine)

Well I asked her to marry and to be my sweet wife
I told her we'd be so happy for the rest of our life
I begged and I pleaded like a natural man
And then, whoops oh lordy, well she gave me her hand

Because she had kisses sweeter than wine
She had, mmm, mmm, kisses sweeter than wine
(Sweeter than wine)

Well we worked very hard both me and my wife
Workin' hand-in-hand to have a good life
We had corn in the field and wheat in the bin
And then, whoops oh lord, I was the father of twins

Because she had kisses sweeter than wine
She had, mmm, mmm, kisses sweeter than wine
(Sweeter than wine)

Well our children they numbered just about four
And they all had a sweetheart a'knockin' on the door
They all got married and they wouldn't hesitate

I was, whoops oh lord, the grandfather of eight
Because she had kisses sweeter than wine
She had, mmm, mmm, kisses sweeter than wine
(Sweeter than wine)

Well now that I'm old and I'm a'ready to go
I get to thinkin' what happened a long time ago
Had a lot of kids, a lot of trouble and pain
But then, whoops oh lordy, well I'd do it all again

1 de fevereiro de 2011

Acorda!


Não sou eu, é a astrologia quem diz: Momento de perceber as limitações, muros e barreiras que ainda existem nas relações... Favor evitar um espírito acomodado. Para quem não sabe, esta é a história de um homem que, fugindo à sua esposa má, vai para uma floresta. Depois de muitas aventuras, dorme debaixo de uma árvore umbrosa e adormece por vinte anos. Quando ele acorda, decide regressar a sua vila. Então ele mete-se em dificuldades quando ovaciona George III, não sabendo que, no entanto, se tinha realizado a revolucão e que já não se devia saudar a monarquia. Assim, o termo "Rip Van Winkle" acabou se tornando sinônimo de uma pessoa que vive situação de mudanca social, seja ela intencional ou não, mas que "congela no tempo".

“o que o incomoda é a legalidade em todas as suas formas. Você se sente encarcerado quando qualquer coisa começa a funcionar bem. Mas todos nós somos um pouco assim, uma turma daquilo a que chamam fracassos, por não termos uma carreira definida, títulos e o resto. É por isso que estamos em Paris, irmão, e o seu famoso absurdo, ao fim e ao cabo, fica reduzido a uma espécie de vago ideal anarquista que você jamais conseguirá concretizar”.


Capítulo 28

31 de janeiro de 2011

Outra versão de "eles passarão e eu passarinho"

Existem rios metafísicos, ela nada por eles como aquela andorinha esta nadando pelo ar, girando alucinada, em torno do campanário, deixando-se cair para melhor levantar com o impulso. Eu descrevo e defino e desejo esses rios; ela nada por eles. Eu os procuro, os encontro, olho-os da ponte, e ela nada por eles. E, sem o saber, igualzinha à andorinha.
Capítulo 21

Seis meses de Aliança Francesa resumidos


EF - Live The Language - Paris from Albin Holmqvist on Vimeo.

8 de janeiro de 2011

Enquanto isso...


Estou sem tempo para Paris Imaginária no momento, mas enquanto isso, por que você não dá um pulinho no aplicativo de O Jogo da Amarelinha que criei no Facebook