Se existe verdade, a única possível é que não acabar é também nunca existir. Este clichê filosófico me acompanha nos dias perdidos como este em que se fica procurando na rede qualquer peixe distraído. Se vai pisar a calçada é sempre com uma esperança. Se toca o telefone, sempre se acredita ser uma surpresa. Nunca é nada disso. E o arroz queima. E a pipoca queima. Valei-me nossa senhora do desperdício! Eu preciso acabar um bocadinho. Por isso resolvi beber no meu neversário antecipadamente. Eu digo assim porque um amiguinho da minha mãe da Fundação Ricardo Moisés me ensinou que é neversário. Você vem para o meu neversário? Eu adotei na hora! Primeiro, pela musicalidade. E não se pode evitar música. Hoje penso: tem este dia em que a gente comemora nosso nunca existir. As coisas que ainda estão porvir. Assim, curtir acompanhada a saudade do que não existiu. Marcele acertou no tom: “Quero beber até sofrer”, ela me disse.
Hoje também foi o dia de tirar os muitos blogs que tenho na rede. Muita abobrinha, muita dispersão e pretensão. Tempo de aprender...
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