23 de setembro de 2010

Era Uruguaio, embora não pareça.

(...)A metamorfose nunca apareceu a meus olhos senão como elevada e magnânima ressonância de uma felicidade perfeita, que esperava há muito. Finalmente, havia chegado, o dia em que fui porco! Exercitava meus dentes sobre a casca das árvores; meu focinho, eu o contemplava deliciado. Não restava a menor parcela de divindade; soube elevar minha alma até a excessiva altura dessa volúpia inefável. Ouvi-me, pois, e não vos ruborizeis, inesgotáveis caricaturas do belo, que levais a sério o ridículo relincho da vossa alma, soberanamente desprezível;(...) - Lautréamont. Os Cantos de Maldoror.  pg 203 a 212
"Ah, Lautréamont", dizia a Maga, recordando o nome. "Sim, creio que o conhecem muitíssimo."
- Era Uruguaio, embora não pareça.
- Não parece, não - confirmou a Maga, reabilitando-se.

Capítulo [11]

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